Noisey.vice.com: Meu primeiro encontro com Tokio Hotel (04.03.15)

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Na nossa edição “Meu primeiro encontro com…” encontramos músicos e tentamos perguntar coisas que não se deve perguntar num primeiro encontro, pra dar-lhes a chance de mostrar a parte mais bonita deles. Como se fosse realmente um primeiro encontro.

Tom e Bill Kaulitz, os gêmeos da banda Tokio Hotel, são definitivamente estrelas do rock, vivem em L.A., levam uma vida despojada e pertencem as pessoas mais famosas da Alemanha, que não conseguem sair na rua sem serem reconhecidos. Pessoas que nunca andaram de metro. Esse é completamente o oposto da minha vida. Mas eu achei que deveria sair da minha zona de conforto. No encontro romântico com Bill e Tom Kaulitz nós fomos passear com seu cachorrinho Pumba (e os outros). Nós falamos sobre casamento, crianças, carros, groupies, trabalho e até sobre o Drake.
Ah, e a banda lançará seu novo EP dia 27 de março e começaram a turnê mundial. Ou seja, eu posso esquecer… não terei um segundo encontro.

Vocês sabem que isso aqui é um encontro né?
Tom: Sim.
Bill: Eu ouvi dizer que esse é o seu encontro a três.

Vocês gostam de se encontrar a três? Fazem isso sempre?
Bill: Não, mas já tivemos a mesma namorada.

Sério?
Bill: Sim. Na verdade ela não era uma namorada. Foi só a garota do primeiro beijo.
Tom: Mas sempre tivemos a mesma namorada (risos). Brincadeira. Mas realmente temos um gosto praticamente igual.

E vocês compartilharam muitas delas?
Bill: Um pouquinho..
Tom: Sim, mas eu sempre fui o primeiro. Quando eu não queria mais elas corriam pro Bill.

Ah, então vocês fazem isso com frequência…
Bill: Na verdade não. Antes era assim. Nossas namoradas eram amigas também e sempre tivemos o mesmo gosto, mas agora mudou um pouco, né Tom?
Tom: Quando você é adolescente, você acha tudo OK se for mais ou menos bonito.
Bill: Mas na cidadezinha onde crescemos não tinha muita escolha. Só tinha duas meninas bonitas.

Tom é o pegador e você é o tímido?
Bill: Exato.
Tom: Pegador eu não sou mais não. Saí do jogo faz uns 5 anos pois agora tenho uma namorada fixa.
Bill: Eu continuo sendo tímido e não estou namorando. O Tom e o Georg eram como se fossem duas vadias. (risos)

Georg também?
Bill: Georg também. Eles sempre se aproveitavam das meninas.

E o Gustav?
Bill: Gustav tem 26 e já se casou.

Ele é muito novinho. Vocês se imaginam casando tão novos?
Bill: Muita gente na minha idade em L.A. já tem família. Casar não passa pela minha cabeça pois eu não estou apaixonado. Mas se eu tivesse eu também casaria.

Quantos cachorros vocês tem?
Bill: Os dois. A namorada do Tom também tem um. Em L.A. temos mais três, mas os cachorros privados são os dois.

Se o pequeno se chama Pumba, o outro se chama Timão?
Bill: Boa ideia. Tom, seu cachorro deveria se chamar Timão.
Tom: Eu não gosto de falar o nome dele pois as pessoas sempre ficam chamando. Todos ficam chamando o Pumba, mas graças a deus ele não escuta.
Bill: Escuta sim!
Tom: Quando essas pessoas ficam chamando ele de Pumba é como se chamassem ele de Kathrin.
Bill: Nada a ver.
Tom: Sim, mas quando saio com o meu ou levo ele pra turnê, temos que andar um pouco com eles e daí muitas fãs e fotógrafos perseguem. Mas o meu não se movimenta um milímetro pois ninguém conhece o nome dele. Eu sou um bom papai.

E se a sua namorada não curtisse sua música?
Tom: Eu acharia OK.
Bill: Eu não.
Tom: Se ela achasse muito, muito ruim mesmo eu não entenderia. (risos)
Bill: Não imagino um relacionamento assim. Música é muito intima e se seu parceiro não curte sua música ele não curte uma grande parte de você.

Vocês ainda aproveitam muito em L.A.?
Bill:
 No momento não, pois estamos muito ocupados. Eu amo trabalhar e ter stress. Se eu tenho muito tempo disponível eu acabo fazendo merda. Tenho que tomar cuidado. Quando gravamos o álbum e não tínhamos outros compromissos a festa não acabava.
Tom: Eu tenho muitas fases. As vezes eu aguento bastante e tem vezes que eu não quero mais. Até pouco eu bebia demais, só fui perceber isso no casamento do Gustav.
Bill: No momento nós não saímos pois eu tenho medo de ficar doente.

Como se festeja em L.A.? Clubes da alta sociedade? Rolam drogas?
Bill:
 Tem muitas drogas em L.A. Todos fumam maconha, pois é legalizado. É como fumar cigarros. Mas o resto é bem diferente daqui, as 2 horas a festa já acabou.
Tom: As coisas são mais chiques também, não tao despojadas e loucas como aqui em Berlim.

Vocês acham isso legal?
Bill:
Sim, lá tem muitos clubes legais que não se encontra por aqui. Tudo tem muito estilo. Mas também tem muitos clubes com um jeito mais europeu.

Vocês ainda andam de metrô?
Bill: Não.
Tom: Eu nunca andei de metrô.

O que? Você nunca andou de metrô?
Tom: (diz que não com a cabeça)
Bill: Eu tenho que falar com sinceridade que eu não saberia como chegar de A até B.

(Terminamos o passeio e fomos pro estúdio onde uma mulher, provavelmente a mãe deles, prepara pães.)

Vocês dizem que não seria OK se as suas namoradas não curtissem a sua música mas e os fãs?
Tom: Eu não entenderia isso. Nós nos isolamos pra escrever esse álbum e fazemos música desde os 15 anos.

Bill: Até pra conhecer alguém é bem difícil, pois você tem certeza que a pessoa já leu algo sobre você. O único lugar onde isso não acontece é em L.A.

Esse foi o motivo pra mudança então?
Bill: Exato.
Tom: Em um ponto nós não aguentamos mais e queríamos ir pra um lugar onde as pessoas não nos conhecem.

Você fala pras pessoas que você é um ator pornô tcheco, né?
Tom: Sim. Eu me pergunto o que soaria realista. Nós já parecemos ser isso mesmo (risos). As pessoas sempre falam pro Bill “Eu tenho a impressão de te conhecer de algum lugar…” mesmo que elas não tenham impressão nenhuma. Em L.A. todos querem saber o que você faz e se você pode arranjar uns contatos pra ela. Eu sempre penso em algo realista e que não tenha nada a ver com a música. Por isso eu sou uma estrela pornô e o Bill é fotógrafo.
Bill: Eu nunca sei o que dizer. Uma vez eu realmente me deparei com um fotógrafo e ele me perguntou coisas sobre câmeras e eu pensei “Porra, o que que eu falo agora?”. Uma vez em Miami um cara chegou e disse: “Vocês tem cara de pessoas com que eu poderia fazer dinheiro com elas.”

Que jeito mais louco de dizer oi.
Bill: 
Né? Eu ri e disse que só íamos pra universidade e que estávamos visitando amigos.
Tom: O problema foi que ele viu nosso carro..
Bill: Sim, e ele disse “Vocês tem dinheiro sim” e eu disse que nossos pais eram ricos. Ele não acreditou. Ninguém acredita. Precisamos de algo mais realista.

Fala que você estuda finanças.
Bill: Sim, ou eu falo que faco música por hobby.
Tom: Todos vão achar que você é um artista escroto de rua.
Bill: Exatamente, em L.A. tem muitas pessoas assim.

Ou fala que vocês vendem carros, assim já tem uma desculpa da próxima vez.
Tom: (diz pro  Bill) Você tem cara mesmo de pessoa que vende carro roubado (risos)

Vocês querem coordenar tudo?
Tom: Infelizmente sim.
Bill: Eu queria poder ser mais relaxado. Temos uma equipe imensa que faz muita coisa, mas nós gostamos de ter o controle de tudo.
Tom: Nós pagamos tanta gente que faz um trabalho imenso e no final nós é quem decidimos tudo. Eu tenho medo de perder o controle. Sempre jogo a culpa nos outros e no final fico frustrado. E o lado negativo disso é que eu como artista, preciso ter a cabeça livre.

Vocês são muito perfeccionistas.
Os dois: Sim, muito.

Vocês se parecem muito um com o outro. 
Pois é. (risos)

Qual a diferença de vocês dois?
Bill: Eu acho que só a aparência, mas as outras pessoas julgariam melhor. Eu sou mais espontâneo e o Tom gosta de pensar duas vezes sobre tudo.
Tom: Que isso, você tem mais disciplina que eu.
Bill: Mas eu também gosto de fazer as coisas rápido e sem pensar. Essa é a nossa diferença. Você é mais paciente, por isso toca quase tudo quanto é instrumento. Eu não toco nada pois não consigo me sentar e aprender nada.
Tom: Bill é mais emocional.
Bill: Pra mim tudo tem que ser rápido: eu bebo rápido e muito, falo rápido e sou muito impaciente. Por isso essa carreira não foi feita pra mim pois tem muitas coisas que duram muito. Eu também não consigo deixar de responder um SMS ou um E-mail. Se alguém me escreve eu respondo em cinco minutos. Eu também nunca devi dinheiro a ninguém, pois eu não consigo deixar as contas jogadas por aí. Tom diz pra eu ser mais relaxado, mas não dá. Eu gosto de fazer as coisas rápido e não entendo as pessoas que o não conseguem.

Talvez você deva sim estudar finanças.
Bill:
Talvez. Eu também sou tão organizado que sempre anoto tudo (risos). Eu sempre tenho certeza do que vou fazer.

Uma última importante pergunta: Vocês escutam Drake?
Bill: Não, eu não.
Tom: É um bom sinal ou nao falar que gosta dele? Nao escutaria o álbum todo, mas algumas músicas tipo „Hold On, We’re Going Home“ eu curto.
Bill: Sim, essa foi boa:
Tom: Eu respeito Hits. Não importa se é rock, pop ou hip-hop. Se a música é boa e tem uma melodia maneira eu gosto.

Fonte.
Texto traduzido por Gu. Se copiar, dê os devidos créditos ao THBR e ao tradutor.


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Comentários

Uma resposta para “Noisey.vice.com: Meu primeiro encontro com Tokio Hotel (04.03.15)”

  1. Avatar de Mary Martins

    Estou muito surpresa,parabéns pela tradução! vou postar no Pensamentos e vou colocar os créditos. só achei essa entrevista aqui,adorei. parabéns ♥

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